terça-feira, 25 de março de 2008

Reféns electrónicos

Gabinete de Atendimento das Finanças.
Ao meu lado, uma conversa sobre uma senha electrónica perdida:

- Vamos lá ver se a senha lhe chega a tempo... Demora, no mínimo, 5 dias úteis.
- Então o que é que eu posso fazer?
- Olhe, reze. Para que a senha lhe chegue a tempo... Bom, aqui no computador tenho uma pergunta de segurança. Sem responder não podemos dar-lhe a sua senha. A pergunta é: “Qual é a sua série televisiva preferida?”
- (silêncio)
- Esta pergunta não é fácil. Podia ter escolhido outra. A minha é sobre cores, por exemplo, é mais fácil...
- Mas eu não fiz nada disso, não escolhi pergunta nenhuma.
- Mas a pergunta está aqui! Se não responder não conseguimos fazer nada.
- Eu sei lá...
- Pois, é um bocado vago. Pode ser qualquer coisa, de agora ou mais antigo... Só se for tentando, escrevendo nomes de séries, sei lá.
- Tou tramado... Não me pode dar uma pista?
- Eu não! Se fosse cores era mais fácil...

quinta-feira, 6 de março de 2008

História de Portugal com ASAE

“Os excessos da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) foram, ontem, admitidos pelo socialista Jorge Seguro.” in DN, 06/03/08

Agosto de 1385, sete soldados fogem do campo de batalha e escondem-se numa casa vazia que serve de padaria. Quando encontra os inimigos castelhanos encolhidos no seu forno, Brites de Almeida defende-se a si e à pátria com monumentais pazadas. A vizinha do lado ainda lhe grita “Olha a ASAE, mulher!”, mas a padeira, cega de patriotismo, quer lá saber. No dia seguinte Brites é detida e o seu negócio fechado, qual proprietária da ginginha do Rossio.
Séc. XIV, manhã de Inverno, uma bondosa rainha enche o regaço do seu vestido com pães, para os distribuir pelos pobres. Ao ser surpreendida pelo rei, que lhe pergunta onde vai e que leva no regaço, a rainha responde “São rosas, Senhor!” e transforma os artigos de panificação em cheirosas flores. O soberano fica a braços com uma crise. O 24 horas medieval noticia o grave incumprimento das normas de higiene e segurança alimentar. E a oposição aproveita o episódio para gerar polémica. Para dar o exemplo, o rei é obrigado a mandar a esposa para o exílio. Mas a rainha isabel não se livra do cog-nome “a badalhoca”.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Agora Escolha


“Adam Savage and Jamie Hyneman, os Caçadores de Mitos do Discovery Channel, decidiram tentar comprovar a fiabilidade das experiências de MacGyver, para assinalar o centésimo episódio do programa.” in DN, 24-02-08

Se excluirmos a fadista Mariza, o MacGyver é, para mim, a única pessoa capaz de conduzir os destinos da nação ou, como vulgarmente se diz, “fazer este país andar para a frente”.
Proponho portanto que o façam regressar à televisão portuguesa, numa nova série em que a sua missão seria resolver os problemas do país. Ao início de cada tarde, os portugueses poderiam escolher entre 2 episódios no também regressado programa “Agora Escolha”. A inigualável Vera Roquette dar-nos-ía a escolher: “No Bloco A, MacGyver faz a reforma da saúde recorrendo apenas a uma gilette, ao Sr primeiro ministro e ao DVD da primeira série de Dr. House. No Bloco B, veja como MacGyver põe fim à crise da educação, munindo-se tão somente de um canivete suíço, um Bolicao e um CD dos Morangos com Açúcar”.
E enquanto votavamos assistiríamos a mais um episódio da Ana dos Cabelos Ruivos, claro.