quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Parlamento meets Big Brother

“A RTP1 estreia hoje o programa de debate político Corredor do Poder. Conta com um painel fixo de cinco comentadores e um convidado, moderados pela jornalista Sandra Sousa. Um detalhe: as câmaras estarão ocultas, à excepção de uma.O objectivo é "tornar o debate mais espontâneo, embora as pessoas saibam que estão na televisão", explicou José Alberto de Carvalho.” in DN, 28-02-08

Introduzir um elemento de surpresa e voyeurismo pode bem ser uma das últimas armas que leva o português médio, cansado, dormente, mal pago e quase-desempregado a ver um debate político na TV.
Mas onde estarão as câmaras do Corredor do Poder? No fundo dos copos de água, proporcionando aos telespectadores uma visão inédita da dentição, língua e amígdalas da classe política? No tecto, apresentando planos picados das cabeleiras e carecas do painel? Debaixo da mesa, possibilitando o visionamento de alianças improváveis e a descoberta de romance entre poder e oposição?
Melhor que isto, só mesmo pondo políticos numa casa em que se sujeitassem às regras, humores e patifarias de um mestre anónimo, comandado pelos sms do povo em geral e dos espectadores da TVI em particular. Ah, espera lá, isso já foi feito. E o Avelino Ferreira Torres foi dos primeiros a sair.

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